Resenha nº 48: Antes da Festa – Saša Stanišić
Olá! A resenha de hoje é sobre o livro Antes da Festa, do autor de origem sérvio-bosniana Saša Stanišić (lê-se “sasha stanishitch”). Essa é uma história sobre um povoado no interior da Alemanha e trata as experiências de seus personagens e o impacto de eventos históricos em suas vidas, assim como questões de memória, identidade e pertencimento.
A natureza conquista de volta o que lhe pertence. É o que se diria em outros lugares. Mas nós não o dizemos. Porque é absurdo. A natureza é inconsequente. Não se pode confiar na natureza. E aquilo que não inspira confiança também não pode ser usado para tecer provérbios.
A aldeia está se preparando para um festival, que é um símbolo das tradições e herança cultural do seu povo, destacando a união e o sentimento de pertencimento que os seus residentes partilham. Os preparativos e o próprio festival desempenham um papel significativo na história e fornecem um cenário rico para os eventos que acontecem.
A história se passa no final do século XX em uma área rural alemã. O autor utiliza várias técnicas literárias, incluindo linguagem figurativa e simbolismo, para trazer profundidade e nuances à história. O estilo de escrita de Saša Stanišić também é elogiado por seu humor, sensibilidade e qualidade lírica.
O romance levanta questões sobre a natureza da realidade e nosso lugar no ambiente, ainda aborda temas relacionados à passagem do tempo e à natureza mutável do mundo, e levanta questões sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade e o impacto da história no presente.
Em alguns momentos a história é emocionante, mostrando a união e altruísmo entre os habitantes, outros são tristes, como a tentativa falha da raposa em alimentar seus filhotes, outras ainda são tenebrosas, como as passagens históricas duvidosas guardadas ali no museu, que é sagrado para seus habitantes.
Seja heroico!
Aprenda a correr rápido, a nadar longe, a escalar alto (deixe a cautela imperar), aprenda o que é adequado a uma mulher e a um homem e faça então o que você quiser. Aprenda (se você quiser) do que alguém disser que não é nada adequado a você.
Seja heroico na busca. Saiba o que você deseja da vida, e não espere que aconteça, mas busque-o com toda sua vontade. Não busque a felicidade, mas a realização (e aceite a demora).
Seja heroico no pensar, mas não despropositado no falar. Para os pensamentos, o instante é sempre correto; para as palavras, existe também o momento errado. Reconheça e preste atenção nele, pois nesse caso o pensamento não terá sido em vão.
[…]
Seja heroico em sua comunidade. Ofereça ajuda e aceite ajuda (saiba a quem e de quem). Dê atenção aos fracos em necessidade, instigue os fortes a agir contra a necessidade. Caso houver briga, não pense em culpa, mas sim em acabar com a briga e solucionar o problema. Ponha-se, você mesmo, em necessidade, se isso significar ajudar outros a sair dela (desconheça qualquer desculpa).
[…]
Bem, apesar de ser uma leitura interessante, não é o tipo de livro que mudaria a vida de alguém. Eu me senti mais reflexiva, principalmente a respeito do desmantelamento das comunidades hoje e da pertinência da preservação da nossa história. Nosso núcleo de apoio está cada vez menor e as nossas raízes estão cada vez mais rasas.
Em todo caso, é um livro de uma temática diferente e é importante ressaltar que tendo origem sérvio-bosniana e sendo um refugiado na Alemanha, esse tema é muito caro para o autor. Essa estima por raízes também está presente em Omeros e A Travessia do Rio.
Boas Leituras e até semana que vem!
*Este texto foi parcialmente escrito pela ferramenta ChatGPT.
Ficha Técnica:
Autor: Saša Stanišić
Editora: Foz
Ano: 2015
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