Resenha nº 32: Os Homens que não Amavam as Mulheres – Stieg Larsson
A resenha de hoje é sobre o best-seller de Stieg Larsson: Os Homens que não Amavam as Mulheres. Este é o primeiro volume da trilogia Millennium, uma série de livros policiais mais aclamadas ao redor do mundo. Consigo fazer um paralelo com Rubem Fonseca no Brasil, que já resenhei aqui no blog!
Stieg Larsson nasceu na Suécia em 1954, escreveu a trilogia entre 1990 e 2004 e faleceu pouco tempo após entregar o último livro da trilogia. Graças ao desafio, descobri ótimos autores de thrillers policiais nos países nórdicos, como Larsson e o islandês Arnaldur Indridason.
Fiquei completamente encantada com a complexidade da história de Os Homens que não Amavam as Mulheres e não pude abandonar o livro durante o clímax. Inicialmente, porém, a apresentação dos personagens é um tanto longa, mas interessante. Ou seja, não é um thriller logo de cara.
Acredito que sendo uma trilogia, o autor deu base para o restante da história. Bem, os personagens principais são um jornalista corajoso que tem a própria revista com dois sócios, Mikael Blomkvist, e Lisbeth Salander, uma hacker especialista em segurança, de aparência surpreendente e com um histórico pessoal pesado.
Uma jovem pálida, de uma magreza anoréxica, com cabelos quase raspados e piercings no nariz e nas sobrancelhas. Tinha a tatuagem de uma vespa no pescoço e uma faixa tatuada ao redor do bíceps do braço esquerdo.
Eles se unem para desvendar o mistério que assombra a família Vanger há anos: o desaparecimento de Harriet Vanger. O que ninguém sabe é que essa é só a ponta de um iceberg horrendo que será desvendado em um ritmo frenético no fim do livro.
Larsson é brilhante, conseguiu dar profundidade aos personagens e me maravilhar. Ele abordou temas como violência sexual, abuso infantil, preconceito de classes, xenofobia, machismo, política, ética, religião, sexo, amor e ainda mais.
O livro é longo, não é tão objetivo, o que percebi que incomodou algumas pessoas. Na minha opinião, tudo esteve na medida certa e a adrenalina no final fez valer a pena.
Originalmente, o livro foi lançado em 2005, então note que a tecnologia da época era bem diferente do que temos hoje.
Eu particularmente gostei bastante de conhecer a realidade sueca, é até engraçado comparar a corrupção e a violência de lá com o que temos aqui no Brasil (apesar do final ser abominável em qualquer lugar do mundo).
Enfim, a obra é muito bem escrita e caprichada, fechada em si. Recomendo demais para quem gosta do gênero, mas deixo um disclaimer de que há cenas muito pesadas e pode causar gatilho pela violência descrita.
Depois de Os Homens que não Amavam as Mulheres, que tal uma leitura mais leve? Deixo aqui um romance italiano para aquecer o coração. Meus queridos, leiam essa obra sueca e me contem se gostaram nos comentários. Até semana que vem!
Ficha Técnica:
Autor: Stieg Larsson
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
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